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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Gestão na Bíblia

Claro que falando em cristianismo, a “última palavra” sobre nossos projetos, sonhos e decisões vem de Deus e de Sua palavra. Pv16:1 fala que “Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta...”. No entanto, o texto não exclui a importância de o homem planejar, executar e gerenciar os seus planos. Ao longo do meu pouco tempo de igreja, percebo que algumas pessoas se apóiam em textos como esse para transferir a Deus toda a responsabilidade pelos resultados de coisas que deveriam ser de nossa responsabilidade. Caminhando pela Bíblia, diversos textos apontam para a nossa necessidade e responsabilidade em planejar, administrar e gerir projetos, recursos e pessoas, sem excluir a direção de Deus. Aliás, essa é uma instrução do próprio Deus, em Gn 1:28 Deus diz ao homem para o homem “dominar” sobre a terra. O contexto da palavra original hebraica utilizada (kāvāsh), quer dizer literalmente “administrar” sobre os peixes, aves e animais; conhecer plenamente e gerenciar.
Na igreja primitiva, a má gestão na distribuição de alimento gerou insatisfação em parte dos membros (At 6:1), e foi necessário delegar a atividade para algumas pessoas, de forma a gerir melhor a distribuição. Outro exemplo de um grande administrador, que apesar de sua competência nunca excluiu a direção de Deus, foi José. José tinha diversas qualidades, uma instrução privilegiada, conhecia matemática, leitura e escrita, era íntegro, pró-ativo, focado em cumprir suas tarefas com excelência, que fizeram com que ele, apesar de escravo, fosse colocado como administrador dos bens de Potifar, oficial do faraó (Gn 39:4), e mais tarde como governador de todo o Egito (Gn 41:41). A tarefa de José era um grande desafio, até mesmo para os dias de hoje. José foi responsável por garantir a sobrevivência do maior império de sua época por 7 anos de seca e fome rigorosas. Gn 41:49 mostra que José controlava e anotava toda a produção de trigo que era recolhida e estocada, e gerenciava pessoalmente a distribuição e venda do trigo estocado. No entanto, ele não se ensoberbeceu atribuindo a si mesmo o seu sucesso, e sempre esteve sensível à voz de Deus.
É esse tipo de pessoa que precisamos hoje, José tinha instrução e competência para ser usado e direcionado por Deus da melhor forma. Vejo que muitas pessoas realizam suas atividades no contexto da igreja sem preparo algum, sem qualquer tipo de planejamento e controle, e pior, sem disposição de mudar e melhorar. Como temos gerido nossos recursos (financeiros e humanos)? Será que nós já não temos o suficiente e temos gerido mal nossos gastos? Estamos caminhando para a direção certa em relação à nossa missão como igreja? Como gerencio os projetos em andamento dentro da igreja? Como posso gerenciar as idéias e conhecimentos dos membros da minha igreja? Consigo medir o quanto a minha igreja representa para a comunidade em volta? Fazemos diferença ou somos apenas os vizinhos chatos e barulhentos? Como a tecnologia pode me ajudar a responder essas perguntas?
São esses tipos de perguntas que pretendo discutir a partir de agora.

Abraços,

Renan Alencar de Carvalho

2 comentários:

  1. Ótimo Texto!

    gostei do tema a ser aboardado no blog!

    Estou seguindo!

    Parabéns!

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  2. Obrigado Athayde,

    Aguardo um feedback dos próximos posts.

    Abraços

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